

Dormir bem é essencial para relaxarmos o corpo e a mente. A função reparadora do sono não pode ser substituída pelo descanso sem dormir ou por outras atividades, alimentos e ações. No entanto, para muitas pessoas, as noites são bem conturbadas, por conta da apneia do sono.
A doença é caracterizada por repetidas paradas respiratórias. A pessoa tenta respirar, mas o ar não consegue passar. Com isso, o sistema nervoso envia um alerta que faz a pessoa acordar e retomar a respiração.
O fenômeno acontece por conta do estreitamento da orofaringe, região que fica atrás da língua. E essas paradas acontecem com mais frequência do que imaginamos. Uma pessoa saudável pode ter até cinco paradas respiratórias por hora. Em casos de apneia mais graves, o paciente chega a ter mais de 30 paradas nesse mesmo período.
Consequências da apneia
Um indivíduo que tem a síndrome da apneia obstrutiva do sono não consegue concluir os estágios do sono. Consequentemente, não consegue regular a produção hormonal, essencial ao funcionamento correto dos órgãos, e ter sua função neurológica e cognitiva regularizada. Além disso, a apneia pode contribuir para a arritmia cardíaca e também para quadros de hipertensão arterial, é um fator de risco para o surgimento da diabetes tipo 2 e em casos mais graves, a falta de oxigenação sanguínea pode levar a um enfarto e até a um AVC.
Sintomas
Um sintoma bastante característico da apneia do sono é o ronco, o que pode incomodar inclusive o parceiro que dorme ao lado. Aliás, muitos pacientes acabam procurando um médico devido ao ronco e não por conta das pausas na respiração.
• Dor de cabeça logo ao acordar.
• Respiração ofegante;
• Sono muito agitado;
• Engasgos enquanto a pessoa dorme;
• Sensação de estar sufocando;
• Sonolência e falta de disposição durante o dia;
• Humor alterado devido ao cansaço;
Algumas causas:
• Uso exagerado de álcool;
• Tabagismo;
• Obesidade;
• Uso constante de remédios calmantes para dormir;
• Problemas na anatomia do maxilar: quando ele é encurtado pode fazer com que a língua seja “jogada” para trás, obstruindo a garganta e dificultando a respiração
• Hábito de dormir de barriga para cima;
• Amígdalas ou adenoides grandes;
Diagnóstico
Para fazer o diagnóstico e também determinar o nível da doença é preciso fazer um exame chamado polissonografia. O exame analisa o sono e registra o número de vezes em que a pessoa para de respirar durante o sono e a quantidade de oxigenação. Até o nível 5, a apneia é considerada normal, entre 5 e 15 é leve. De 15 a 30 é moderada, e acima disso, o quadro é grave. Quando a apneia é grave e o paciente também conta com excesso de peso, a chance de responder ao aparelho é baixa. Nesses casos, o mais recomendado é que o tratamento seja feito com um Cirurgião-Dentista tem um envolvimento fundamental no diagnóstico e tratamento da SAOS e os sintomas associados. A terapêutica abrange medidas clínicas e cirúrgicas.
Tratamento
O tratamento para a apneia do sono é multiprofissional, mas a odontologia tem importantes contribuições para o tratamento desta.
Desde o nascimento, a Odontopediatria orienta a amamentação: é o primeiro ato preventivo. Por meio do estímulo gerado pela sucção, o bebê também é induzido a respirar pelo nariz contribuindo ao adequado desenvolvimento facial.
Com a ortodontia, por meio dos aparelhos ortopédicos/ortodônticos, atua modificando e/ou estimulando o padrão esquelético da criança/adolescente, o que auxilia no tamanho do espaço aéreo superior.
Na fase adulta, a Odontologia do Sono trata apneia através dos aparelhos intraorais, dispositivos usados durante o sono que permitem a passagem do ar sem interrupções. O aparelho intraoral (AIO), uma peça de silicone que atua como um reposicionador anterior da mandíbula. O dispositivo faz com que ocorra um avanço da posição mandibular e/ou da língua, ampliando o espaço de fluxo de ar para a respiração do paciente. Além dos bons resultados, a vantagem é o fato de o aparelho ser removível, fácil de ser transportado em caso de viagens e bastante adaptável, permitindo ao paciente dormir normalmente.
Em graus menos severos, o uso de aparelhos intraorais traz até 80% de resultados positivos. Ocorre redução no índice de apneia e, consequentemente, a oxigenação sanguínea cresce. Também há melhoras na qualidade do sono, já que acordará menos vezes durante a noite.
Para casos mais graves, os tratamentos cirúrgicos para ronco e apneia são considerados padrão-ouro, e podem substituir dispositivos intra-orais e aparelhos anti-roncos que limitam a mobilidade durante o sono.
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